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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Inconformismo


Não gosto de políticos
Eles só fazem política
Não gosto de marqueteiros
Eles só fazem marketing
Não gosto de executivos
Eles só fazem negócios
Não gosto de polícia
Eles só fazem matar

O advogado usa a lei contra o pobre
Pobre coitado! Que falta de sorte!
Sorte maldita o leva à morte
Morte danada, leva um e mais nove
– Ô, seu polícia! Sou gente de bem!
Bem que queria que fosse verdade
Pra esse governo não sou é ninguém
Nunca serei, essa é a verdade
Não posso nascer, não posso morar
Nem adoecer, tampouco estudar
Trabalhar é difícil, viver mais ainda
A vida é difícil e assim caminha
Que será de meus filhos?
Que pátria é essa?
Cadê a justiça?
Não há nem conversa

Se ficarmos calados, tudo vai bem
Se abrirmos a boca, logo a bala nos vem
Protejam-se todos! É a mão da justiça!
É seu braço forte! Que grande ironia!
Prefeito! Governador! Ministro! Presidente!
Cadê as promessas?
Não te elegi pra ser meu carrasco
Não te empreguei pra mandar me prender
Não te escolhi pra virar-me as costas
Nem te dei dinheiro, só tenho esmola

Os ricos fazem o que querem
Grandes e poderosos estão no poder
A gente é povo, pequeno e fraco
de todos os lados irão nos bater
Vejo crianças pedindo nas ruas
Vejo doentes sofrendo seu mal
Cresce no peito uma insana angústia
ao observar esse quadro letal

A educação – coitada! – já foi pelo ralo
Segurança e saúde já foram embora
Estamos sozinhos, gente! Abandonados!
Se é pra agir, essa é a hora
Escuta, governo, é esse o recado
Não é ameaça, é só um alerta
O povo é tolo, você disso sabe
mas entre nós há também gente esperta
A gente procura com o voto lutar
mas nem sempre só isso dá resultado
Traidores da pátria e de nossa fé
acham que devemos ficar bem calados
Estamos cansados
Estamos agindo
Organizados
Nos unindo
Ficando mais fortes
Só falta o “já”
Será duro o golpe
Espere e verá

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