Cabelo.
Pele. Lábios. Cintura. Pernas. Seria muito cômodo se pudéssemos ficar nesses
termos para descrever uma mulher.
Sim,
seria cômodo, mas igualmente triste. Porque a descrição física de uma mulher é
só o começo do encanto. Uns braços soltos podem até dizer muito, mas um abraço
deles é sempre uma fascinação. Uma boca pode ser descrita por lábios e dentes,
mas um sorriso é indizível, e um beijo enviado pelo espaço, dedos à boca, é um
verdadeiro prêmio. Pernas de mulheres não são pernas se não as trazem ao nosso
encontro a contar segredos. As mãos que apertam as nossas não são as mesmas que
manuseiam objetos. Os olhos com que veem o mundo são mais profundos quando nos
olham a alma. E para que servem seus cabelos se não podemos cheirá-los?
O
melhor da mulher é a feminilidade. É isso que nos faz ceder, fazer coisas que
do contrário não faríamos. É o que torna o mundo melhor e a vida mais bonita. É
a magia que as torna graciosas em cada gesto. Que as ilumina. E é a justiça que
permite às não tão belas concorrerem com as lindas – e por vezes ganhar.
A
mulher é a dádiva que a Natureza destinou ao homem. É o toque de suavidade, de
brandura, sem o qual o caos se instala. E como é bom sorver o dulçor que exalam
quando nos dissuadem de nossos posicionamentos, quando pedem algo
insistentemente, quando querem que concordemos com elas. A mulher é a parte que
completa nossa satisfação na aurora e a alegria pelo crespúsculo. A elas a
eternidade.
Adorei!!!
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