Se você estuda idiomas, deve ter
percebido que não há “cadê” gringo. “Cadê” é coisa
nossa. Intraduzível. Brasileiríssimo. “Cadê” não pergunta
apenas a localização de algo. Inquire sobre sua vida pregressa.
“Cadê você?” quer saber por onde alguém andou, o que está
fazendo. Pergunta pelas novidades. É melhor que a dobradinha pronome
interrogativo-verbo. Estrangeiro não vê “cadê” em seu curso
de língua portuguesa Se vissem, se conhecessem nosso “cadê”,
amariam-no. Mais. Patenteariam-no. E logo surgiriam o kade
alemão, o kad inglês. Os irmãos cadé espanhol e
cadé francês. Nosso idioma é melhor porque temos o “cadê
”. A propósito, dizem que nasceu na Bahia...
- “cadê” vem de “quedê”/“quede”;
- que vem de “que é de” (os espanhóis estão nesse ponto: “Qué es de María?”);
- que vem de “que é feito de”;
- que quer dizer “onde está”.
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